Corpo de mulher, alma de santa,
pureza abençoada, na integridade que acalanta,
consciência que não teme, o experimento do prazer,
reservado ao amado, que irá lhe engrandecer.

O progresso desluzindo, esta etérea raridade,
convertida em luxúria, dando fim à virgindade,
sensações precipitando o deleite irretratável,
sentimento confiando, na incerteza irresponsável.

Virgem, imaculada, entregaste à castidade,
refreaste o desejo, com imensa estoicidade,
discriminada por mulheres, que sentiram a ilusão,
tu és cobiçada, pelo preciosismo da perfeição.

Querem chegar ao seu âmago, satisfazendo o ego,
juramentando promessas, forçando o iludir cego,
deixando seu estigma, à mostrar decepção,
você não é culpada, é fruto da nossa imperfeição.