Caminho por aí sem destino,
sinto a chuva que cai na minha pele,
lava meu rosto e escorre pelo meu corpo,
molha minha roupa que cola em mim,
te procuro em cada beco, em cada esquina,
tento dar realidade aos meus sonhos,
minha imagem solitária se reflete agora
no asfalto molhado pela chuva,
em cada poça vejo você a sorrir,
onde se escondeu neste dia chuvoso,
ah, meu amor, sempre vou te esperar,
sei que um dia vai vir e a chuva vai cessar,
e no dia de sol minha imagem
não será refletida naquele asfalto molhado,
pois estará na minha frente, em corpo e alma.

Alexandre Brussolo (03/09/2011)