Chega os ventos fortes devastando a grande selva de pedra, estrutura arquitetônica de um futuro próximo, experiência viva de uma vida ainda por vir.
Nada sobrou daquela cidade envolta em uma redoma de vidro, uma réplica perfeita de um mundo futurista. O vento chegou e não teve dó, o que encontrou levou e o que não levou destruiu. Talvez o homem ainda não está e nem estará pronto para vencer as forças da natureza, não pode criar nada tão perfeito para substituir, ou mesmo para moldar o tempo às suas necessidades.
Esta cidade foi o exemplo disto. Uma cidade aparentemente protegida do meio externo, aprentemente forte, mas na verdade frágil para se abrigar da fúria da mãe natural. Nada poderá substituí-la como nada pode substituir o sentimento chamado amor.


Alexandre Brussolo (09/06/1992)