Quando tudo acaba,
fica essa coisa ruim...,
esse ranço,
esse rícino,
esse azedume,
esse bafio,
esse ressabio que semelha não ter fim! ...

Essa falta toda, esse quase nada!
Um vazio que nem o mar pode encher!
..., que nem dá para contar o vago!
..., que nem dá para entender o óbvio!
..., que nem dá! ...

Quando tudo acaba,
acaba o sol,
acaba a luz,
acaba a cor,
acaba a vontade de não chorar! ...

Quando tudo acaba,
ficam as dores
e os doloridos todos,
e os sentimentos vagos,
e o vaguear do pensar...,
vazio de pensar
e cheio de aflição!
Agonizante e despreenchido!

Assim,
estou a tocar,
ninguém,
com minhas carícias!

Estou a escrever cartas de amor,
para ninguém! ...,
pois estou a fazer juras de amor,
para ninguém! ...,
em um poemas de amor,
para ninguém! ...

Quando tudo acaba,
melhor ansiar por um novo começo!

É mais fácil trocar peças de roupa!