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Mundo das crianças (T1346)

Sempre corri o mundo, que tem muito a me ensinar, seja onde for, basta que olhemos a nossa volta e descobriremos sempre uma lição. Estive na África como voluntário de uma missão humanitária, e ali vi como o amor age dentro das pessoas, não digo o amor carnal, mas o amor desapegado de materialismo, o amor que nos aproxima de Deus, o amor espiritual, pois ali haviam pessoas que sabiam o risco que corriam, pois não vi só a fome, mas as doenças que se espalhavam como uma epidemia, dizimando e não poupando ninguém, fosse criança ou adulto, tão fracos estavam que o corpo não respondia aos medicamentos.
Quantas noites fiquei sem dormir, não por falta de querer, pois o cansaço do dia pedia descanso ao nosso corpo, mas os gemidos de dor, mas não a dor corpórea, que para eles não era tão importante, mas a dor da fome, a dor da miséria em que estavam, quantas vezes no silêncio da noite chorava solitariamente, mas comprazido daquela dor, quantas vezes lutei para vencer a morte daqueles que sofriam, quantas vezes a única coisa a fazer era rezar e pedir a Deus que aliviasse a dor daqueles que estavam presos em corpos sofríveis, onde se via já o esqueleto que aparecia entre a pele.
As crianças eram um caso a parte, inocentes e com pouca estadia neste mundo terreno, olháva-nos com seus olhos fundos onde podíamos ver a alma delas suplicando pelo alívio da dor, pareciam que choravam mas sem lágrimas, já não havia forças mais para derramá-las, e viam em nós anjos da guarda, que estavam lá para salvá-las, e nessa inocência não sabiam o que estava acontecendo, quando ainda com um pouco de saúde, corriam pelo acampamento gritando e brincando alheias ao esquecimento, alheias à epidemia ou mesmo à fome, eram crianças como qualquer uma, era o pouco da alegria que se via naquele lugar cheio de dor e agonia, era isso que muitas vezes trazia um sorriso aos lábios dos voluntários, que nos tirava um pouco da realidade para um mundo diferente, o pequeno mundo das crianças.

Alexandre Brussolo (09/10/2011)

 
   
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