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SOB O GUARDA-CHUVA

(sobre fotografia de Raul Pargendler)

Diante da janela, vejo pessoas em passos largos na rua, fugindo da chuva. Observo o homem de chapéu, sob o guarda-chuva, em passos curtos e lentos. É comovente a cena e merece ser fotografada para ser lembrada em dias indiferentes. Nas palavras de Sidney Joel, “... Há homens que não tem brilho seu, / são cópia de cópia alheia, / A criação neles não nasceu...”.
Assim, vejo o homem bem vestido, com ar misterioso, sob o guarda-chuva, como imagem de filme antigo – em preto e branco. Causa-me admiração. Porém, não sei se ele está triste por sentir a chuva molhando o seu casaco; por estar sozinho, ou se é o tempo trazido em alento que redefine o seu processo de viver no instantâneo da cena.
Respiro a liberdade da imagem e invento formas para pensar no flae como possível versão de coragem e conquista. É imagem que se apresenta no significado da sensibilidade versus a solidão; quanto ir ao encontro do desejo formatado no viver a rotina que, em Antonio Olinto, “... Achou que era melhor cruzar as mãos / para as janelas compadecidas / e contar os pingos / da chuva sobre as veias paradas...”.
Busco explicações para desvendar a vida na figura do homem que, elegante sob o guarda-chuva, passa em frente e, num movimento, remexe com a minha imaginação; não como ornamento, mas, como escolha em que ouso refletir sobre valores emocionais. Então, questiono-me: quem é esse homem que saiu a caminhar sozinho na chuva? Por que usa chapéu se está protegido pelo guarda-chuva? Será para se esconder? De quem?
O interessante é que o notei. Ele fez diferença no meu dia de aguaceiros; por isso, não o esquecerei. Carmen Presotto expressa que “Não se pode deter os instantes, crio / ao viver paratempos //... Deixo aos dias nuvens dispersas...”.
A vida acontece diante da janela no flae como capto o momento para contrabalançar a emoção com a razão no viver. Não posso medir a cena, apenas sentir. Quando vivo tais sentimentos, minha mente clica fotograficamente o instante de fascínio, que reverencio em silêncio; tenho tolerância para buscar recursos e força para os fatores rotineiros. Marcos A. I. de Oliveira filho revela, “Um dia andei / Sem destino certo / E as minhas emoções me entreguei / Tentando saber o que quero...”.

 
   
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