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TEMPO: SOM ABSTRATO

Mia Couto pergunta, “Este silêncio tão vasto como posso fotografar?”
Recortes de paisagem têm contornos nítidos feitos pela natureza, que ajustados ao silêncio formam o perfeito cenário das sensações: retrata o tempo e não fotografa a emoção. Para o poeta Gilberto Mendonça Telles, “... No talhe de uma lenda ou sonho ou dia de muito sol e vida, ela some / na própria essência...”.
É o momento em que a vida se torna bela com poder de encantamento por tudo o que a natureza nos oferece, inclusive, para medir o tempo até o momento em que expressamos nossas preferências. Desta forma nos mostramos verdadeiros e, essa atitude, essa verdade é a suprema beleza que não podemos registrar no papel, apenas na memória – que responde através dos sentidos - como fato operado em nossa lembrança.
Para a nossa felicidade, quanto mais andamos na direção da vida, mais sentimos a sensação do bem estar, porque cruzamos a porta onde o vento traz a poeira e com ela o som abstrato da natureza. Nas palavras de Pedro Du Bois, “ciscos trazidos pela vida na passagem do vento”.
É sensação indescritível o prazer de vagar pelo mundo do silêncio e encontrar o tempo para abrir o coração enquanto relembramos o som da vida; como nos escritores Lêdo Ivo, “Não sei soletrar / as letras que o vento / escreve nos muros...” e Carmen Presotto, “Sons da vida / coisas do ar // metamorfose de meias verdades...”.
Em volta do som abstrato encontramos o silêncio no ouvir o burburinho do tempo ao contemplar a chuva bater na vidraça; o grito da saudade como dor; o horizonte apenas como magia, sem a lente fotográfica para registrar o nascer e a aurora do novo dia.
No silêncio abstrato buscamos a “voz” da emoção, o canto do vento para inundar a nossa vida em detalhes, como questiona Amós Oz, “Quem sabe este seja o som abstrato, impessoal, do sofrimento em si mesmo?”.

 
   
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