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O QUE FAZER? (II)

Lamento não saber dizer, exatamente, pelo o que estou passando, por não saber o que fazer em tal situação. Sei que o vaso está sem flores. As vozes estão alteradas. As frases são repetitivas, sem início e fim. A dúvida é o que fazem no escuro num dia de Sol? O que fazem com as horas se o pêndulo do relógio não se move? O que fazem se o telefone desperta e ninguém atende? Por que perguntam se não há respostas? Por que estão com a arma na mão? Juan Gelman questiona, “este caminho / é só para mim? / esta paixão? / esta faca? /... estes cravos que cravam / são para mim?...”.
Estou presa às emoções do momento. Não posso enfatizar as minhas indagações, porque não sei qual atitude a tomar; não conheço os fatos e continuo ouvindo os gritos.
Diante da situação me encontro sem saber o que fazer e me entrego à ansiedade e à agonia. Preciso olhar para os cravos do jardim que estão colorindo a paisagem. Eles redesenham o quadro dos anos dourados; calmas estruturas entremeadas nos dias que se resumem na constatação de que, sem seu perfume, reproduzem a tristeza como desenho preconcebido. Nas palavras de Juan Gelman, “... como viver tantos resplendores? / tanto deleite / medo / de ter-te/ perder-te / por que às vezes ris / outras choras?...”.
Sento-me no jardim ao redor dos cravos, em sossego, entre canteiros simétricos como a vida; no entanto, observo situações lamentáveis de dor; ao mesmo tempo, escuto a música de Chico Buarque, Brejo na Cruz, como ponto assimétrico onde “as crianças comiam luz”; apenas expressar minha tristeza nessa situação, faz vago demais a realidade.
A precariedade do presente se revela como a situação emocional é derramada, na medida em que a voz retrata cenas da vida, fossem nós no peito. Então, fico diante da pergunta indubitável: o que fazer? Que atitude tomar para que a (in)justiça e a (des)igualdade se transformem em canteiro colorido e perfumado, para que todos desfrutem do jardim? Juan Gelman encaminha a resposta, “... onde posso respirar / o que tenho além de minha fé no amanhã? / meu coração não pensa / sangra em tua luz de ontem...”.

 
   
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