Vejo a imagem de quem desce a terra,
encerra-se como uma metamorfose,
que se alongam ou por vezes quando escorre,
misturado com o perfume de uma rubra rosa,
na ternura que me afaga,
e vivo a recordar o rubro sol,
lindo ao nascer,
a mirar na redonda paixão entre nuvens,
meu ídolo com pés de barro,
tons do entardecer,
colorindo minha alma.
Tenho no peito uma força,
as vezes caminho um pouco errante,
numa força talvez eu que a inventei,
que muitas vezes voamos,
em sonhos que queremos realizar,
e sonhando que se vai vivendo,
cada vez o apego à vida é maior,
que irá sorrir até ao infinito do meu ser,
vivo a adiar os meus sonhos,
uma constante da vida,
realidade que é continuar a sonhar.