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Mário de Sá-Carneiro | |
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Mário de Sá-Carneiro | |
Biografia | |
(1890-1916) Em 1911 matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra e, no ano seguinte, transfere-se para Universidade de Paris para dar continuidade ao curso de Direito, que não conseguiu concluir. Ainda em 1912 publica a peça teatral Amizade e o volume de novelas Princípio . Nessa época, começa a corresponder-se com Fernando Pessoa. Nessa correspondência já é refletido o agravamento dos seus problemas emocionais e as idéias de morte e suicídio. Em 1914, além de publicar as obras Dispersão e A confissão de Lúcio , Sá Carneiro intensifica sua correspondência com Fernando Pessoa, a quem envia seus poemas e projetos de obras, revelando crescentes sinais de pessimismo e desespero. Em 1915, como integrante do grupo modernista em Portugal, participa do lançamento da revista Orpheu . No segundo volume dessa revista publica o poema futurista Manucure , que, ao lado do poema Ode triunfal de Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa), provocam impacto e polêmicas nos meios literários. Ainda em 1915 regressa à Paris, onde passa por constantes crises de depressões, que são agravadas por causa das suas dificuldades financeiras. Em 1916, em uma carta a Fernando Pessoa, anuncia sua intenção de suicídio, o que efetivamente ocorre no dia 26 de abril, num quarto do Hotel Nice, em Paris. A obra de Mário Sá-Carneiro está intimamente relacionada a sua vivência pessoal, ou seja, revela toda a sua inadaptação ao mundo e a constante busca do seu próprio eu. Isso faz com que o poeta mergulhe no seu mundo interior e, diferente de Fernando Pessoa, que se desdobrou em heterônimos, atinja a autodestruição. Para o bom entendimento da obra de Mário de Sá Carneiro é necessária a análise das Cartas a Fernando Pessoa , publicadas postumamente. |
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Obra: A Confissão de Lúcio Download |