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Machado de Assis
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Machado de Assis
Machado de Assis
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Biografia

(1839-1908)


Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis.

Em 12 de Janeiro de 1855, aos 16 anos, publica seu primeiro trabalho literário, o poema Ela , na revista Marmota Fluminense, de Francisco de Paula Brito. A Livraria Paula Brito acolhia novos talentos da época, tendo publicado o citado poema e feito de Machado de Assis seu colaborador efetivo.
Com 17 anos, consegue emprego como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e começa a escrever durante o tempo livre. Conhece o então diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um sargento de milícias, que se torna seu protetor.

Em 1858 volta à Livraria Paula Brito, como revisor e colaborador da Marmota, e ali integra-se à sociedade lítero-humorística Petalógica, fundada por Paula Brito. Lá constrói o seu círculo de amigos, do qual faziam parte Joaquim Manoel de Macedo, Manoel Antônio de Almeida, José de Alencar e Gonçalves Dias.

Começa a publicar obras românticas e, em 1859, era revisor e colaborava com o jornal Correio Mercantil. Em 1860, a convite de Quintino Bocaiúva, passa a fazer parte da redação do jornal Diário do Rio de Janeiro. Além desse, escrevia também para a revista O Espelho (como crítico teatral, inicialmente), A Semana Ilustrada (onde, além do nome, usava o pseudônimo de Dr. Semana) e Jornal das Famílias.

Seu primeiro livro foi impresso em 1861, com o título Queda que as mulheres têm para os tolos, onde aparece como tradutor.

Publica seu primeiro livro de poesias em 1864, sob o título de Crisálidas. Em 1867, é nomeado ajudante do diretor de publicação do Diário Oficial.

Em 12 de novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais.

Nessa época, o escritor era um típico homem de letras brasileiro bem sucedido, confortavelmente amparado por um cargo público e por um casamento feliz que durou 35 anos. D. Carolina, mulher culta, apresenta Machado aos clássicos portugueses e a vários autores da língua inglesa.

Sua união foi feliz, mas sem filhos. A morte de sua esposa, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto Carolina, que a celebrizou.
Seu primeiro romance, Ressurreição, foi publicado em 1872.

Na Gazeta de Notícias, no período de 1881 a 1897, publica aquelas que foram consideradas suas melhores crônicas.

Em 1881, com a posse como Ministro Interino da Agricultura, Comércio Obras Públicas do poeta Pedro Luís Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.

Publica, nesse ano, um livro extremamente original, pouco convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira.

Extraordinário contista, publica Papéis Avulsos em 1882, Histórias sem data (1884), Vária Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1889), e Relíquias da casa velha (1906).

Grande amigo do escritor paraense José Veríssimo, que dirigia a Revista Brasileira, em sua redação promoviam reuniões os intelectuais que se identificaram com a idéia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado desde o princípio apoiou a idéia e compareceu às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.

É o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.

Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.

Dizem os críticos que Machado era urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. ... A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica. ... Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos.

 
Obras:

A Carteira
A Cartomante
A Crítica teatral. José de Alencar: Mãe
A Estátua de José de Alencar
A Igreja do Diabo
A Mão e a Luva
A morte de Francisco Otaviano
A Nova geração
A Paixão de Jesus
A reforma pelo jornal
A semana
Alberto de Oliveira: Meridionais
álvares de Azevedo: Lira dos vinte anos
Americanas
Ao acaso
Aquarelas
As Academias de Sião
As forcas caudinas
Badaladas
Balas de Estalo
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Bons Dias
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Carlos Jansen: Contos seletos das mil e uma noites
Carta a Quintino Bocaiúva
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Carta à redação da Imprensa Acadêmica
Carta ao Sr. Bispo do RJ
Cartas fluminenses
Casa velha
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Castro Alves
Cenas da vida amazônica, de José Veríssimo
Cherchez la femme
Comentários da semana
Contos Fluminenses
Crisálidas
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Crítica teatral
Crítica variada - Diário do RJ
Críticas Teatrais
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Crônicas - O futuro
Crônicas do Dr. Semana
Desencantos
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Discursos na Academia Brasileira de Letras
Dispersas
Dois folhetins. Suplício de uma mulher
Dom Casmurro
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Eça de Queirós
Eça de Queirós: O primo Basílio
Eduardo Prado
Enéias Galvão: Miragens
Entre 1892 e 1894
Esaú e Jacó
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Fagundes Varela – Cantos e fantasias
Falenas
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Flores e Frutos, de Bruno Seabra
Francisco de Castro: Harmonias errantes
Garrett
Gazeta de Holanda
Gonçalves Dias
Helena
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Henrique Chaves
Henrique Lombaerts
Henriqueta Renan
História de Quinze Dias
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História dos trinta dias
Histórias da Meia-noite
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Histórias sem Data
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Hoje avental, amanhã luva
Homem de Mello e B. Pinheiro – A Constituinte perante a História e Sombras
Iaiá Garcia
Idéias sobre o teatro
J.M. de Macedo: O culto do dever
Joaquim Nabuco: Pensées détachées et souvenirs
Joaquim Serra
José de Alencar
José de Alencar: Iracema
José de Alencar: O Guarani
Junqueira Freire: Inspirações do claustro
L. L. Fernandes Pinheiro Júnior: Tipos e quadros
Lição de botânica
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Lúcio de Mendonça: Névoas matutinas
Magalhães de Azeredo e Mário de Alencar: Horas sagradas e Versos
Magalhães de Azeredo: Procelárias
Memorial de Aires
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Memórias Póstumas de Brás Cubas
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Não consultes médico
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Noite de Almirante
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Notas Semanais
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Notícia da atual literatura brasileira: Instinto de nacionalidade
O alienista
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O Almada
O bote de rapé
O caminho da porta/O protocolo
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O futuro dos argentinos
O Ideal do crítico
O jornal e o livro
O Passado, o presente e o futuro da literatura
O protocolo
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O velho Senado
O Visconde de Castilho
Ocidentais
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Oliveira Lima: Secretário d'el-rei
Oliver Twist
Os deuses de casaca
Os imortais
Os trabalhadores do mar
Páginas Recolhidas
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Papéis Avulsos
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Pareceres - Conservatório Dramático
Pedro Luís
Peregrinação pela província de S. Paulo, por A. E. Zaluar
Porto Alegre: Colombo
Propósito
Quase Ministro
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Queda que as mulheres têm para os tolos
Quincas Borba
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Raimundo Correia: Sinfonias
Relíquias de Casa Velha
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Ressurreição
Revelações, de A. E. Zaluar
Revista dos teatros
Revista Dramática
Secretaria de Agricultura
Suplício de uma mulher
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Tu, só tu, puro amor
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Un cuento endemoniado e La mujer misteriosa, de Guilherme Malta
Várias histórias