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Joaquim Nabuco
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Joaquim Nabuco
Joaquim Nabuco
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Biografia

(1849-1910)


Joaquim Nabuco (J. Aurélio Barreto N. de Araújo), diplomata, político, orador, poeta e memorialista, nasceu em Recife, PE, em 19 de agosto de 1849, e faleceu em Washington, EUA, em 17 de janeiro de 1910. Compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira, onde fundou a Cadeira n. 27, que tem como patrono Maciel Monteiro. Designado secretário-geral da instituição na sessão de 28 de janeiro de 1897, exerceu o cargo até 1899 e de 1908 a 1910.

Era filho do senador José Tomás Nabuco de Araújo, o Estadista do Império , e de Ana Benigna Barreto Nabuco de Araújo, irmã do marquês do Recife, Francisco Pais Barreto. Estudou humanidades no Colégio Pedro II, bacharelando-se em letras. Em 1865, seguiu para São Paulo, onde fez os três primeiros anos de Direito. Formou-se no Recife, em 1870. Entrou logo para o serviço diplomático, como adido de primeira classe em Londres, depois em Washington, de 1876 a 1879.

Atraído pela política interna, foi eleito deputado geral por sua província, vindo então a residir no Rio. Sua entrada para a Câmara marcou o início de sua campanha em favor do Abolicionismo, que logo se tornou causa nacional, na defesa da qual ele tanto cresceu na admiração de todos os brasileiros. De 1881 a 1884, Nabuco viajou pela Europa. Em 1883, em Londres, publicou O Abolicionismo. De regresso ao país, foi novamente eleito deputado por Pernambuco, retomando o lugar de líder da campanha abolicionista, que cinco anos depois era coroada de êxito. Ao ser proclamada a República, em 1889, permaneceu intransigente nas convicções monarquistas e, mais de uma vez, resistiu ao apelo que lhe dirigiam os chefes da nova política para tornar ao serviço diplomático. Retirou-se da vida pública, dedicando-se à sua obra e ao estudo.

Nessa fase de espontânea abstenção política, Joaquim Nabuco viveu no Rio de Janeiro, exercendo a advocacia e fazendo jornalismo. Freqüentava a redação da Revista Brasileira, onde estreitou relações e amizade com as mais altas figuras da vida literária brasileira, Machado de Assis, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, de cujo convívio nasceria a Academia Brasileira de Letras, em 1897.

Em 1900, o presidente Campos Sales conseguiu demovê-lo a aceitar o posto de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em missão especial em Londres, na questão do Brasil com a Inglaterra, a respeito dos limites da Guiana Inglesa. Em 1901, era acreditado em missão ordinária, como embaixador do Brasil em Londres e, a partir de 1905, em Washington. Em 1906, veio ao Rio de Janeiro para presidir a terceira Conferência Pan-Americana. Em sua companhia veio o Secretário de Estado norte-americano Elihu Root. Ambos eram defensores do pan-americanismo, no sentido de uma ampla e efetiva aproximação continental. Em 1909, fez uma viagem oficial a Havana, para assistir à restauração do governo nacional de Cuba. Nesse mesmo ano assinou em Washington várias convenções de Arbitramento com os Estados Unidos, Panamá, Equador, Costa Rica e Cuba.

Grande era o seu prestígio perante o povo e o governo norte-americano, manifestado em expressões de admiração dos homens mais eminentes, a começar pelo Presidente Theodore Roosevelt e pelo Secretário de Estado Root; e na recepção das Universidades, nas quais proferiu uma série de conferências, propaganda viva de cultura brasileira. Quando faleceu, em Washington, seu corpo foi conduzido, com solenidade excepcional, para o cemitério da capital norte-americana, e depois foi trasladado para o Brasil, no cruzador North Caroline. Do Rio de Janeiro foi transportado para o Recife, a cidade que o viu nascer. Em 28 de setembro de 1915, Recife lhe inaugurou, em uma de suas praças públicas, uma estátua.

Obras: Camões e os Lusíadas (1872); L’Amour est Dieu, poesias líricas (1874); O Abolicionismo (1883); O erro do Imperador, história (1886); Escravos, poesia (1886); Porque continuo a ser monarquista (1890); Balmaceda, biografia (1895); A intervenção estrangeira durante a revolta, história diplomática (1896); Um estadista do Império, biografia, 3 tomos (1897-1899); Minha formação, memórias (1900); Escritos e discursos literários (1901); Pensées detachées et souvenirs (1906); Discursos e conferências nos Estados Unidos, tradução do inglês de Artur Bomilcar (1911); várias memórias sobre as fronteiras do Brasil; Obras completas, 14 vols. org. por Celso Cunha (1947-1949).

 
Obras:

A escravidão
A República é incontestável
Address of the Brazilian ambassador, Senhor Nabuco, at the laying of the corner-stone of the new building of the American Republics in Washington, on May 11, 1908
Agradecimento aos pernambucanos
Camoens: the lyric poet: address at Vasar College on April, 1909
Camões
Campanha abolicionista no Recife (eleições de 1884)
Centenário de Lincoln: discurso pronunciado em Washington, aos 12 de fevereiro de 1909, pelo embaixador do Brasil Joaquim Nabuco
Discurso do Dr. Joaquim Nabuco pronunciado na kermesse organizada pela Comissão Central da Cruz Vermelha a favor dos feridos na guerra civil do R.G do Sul, a 2 de julho de 1893 no Cassino Fluminense
Eleições liberaes e eleições conservadoras
Escravos! Versos francezes a Epicteto
Minha formação
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Mr. Root and peace: speech at the dinner given by the Peace Society of New York in honor of Mr. Root on February 26, 1909
O Abolicionismo
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O dever dos monarchistas: carta ao Almirante Jaceguay
O eclypse do abolicionismo
O eclypse do patriotismo
O erro do Imperador
O povo e o trono: profissão e fé política
Porque continuo a ser monarchista: carta ao Diário do Commercio
Private correspondence of Mr. Joaquim Nabuco Brazilian ambassador in Washington then Brazilian Minister in London with Mr. Buckle editor of the London
Resposta às mensagens do Recife e Nazareth
Rivers and ports of Brazil: speech delivered... at the National Rivers and Harbors Congress held in Washington, D.C. December 1908
Saint-Gaudens: speech delivered by Joaquim Nabuco Brazilian ambassador at the Memorial Meeting of the American Institute of Architects at the Corcoran Gallery of Artes, Washington, December 15,1908
Sociedade Brasileira contra a Escravidão: cartas do presidente Joaquim Nabuco e do ministro americano H. W. Hilliard sobre a emancipação nos Estados Unidos.
The approach of the two Americas: convocation address delivered before the University of Chicago, August 28, 1908
The place of Camoens in the literature: address delivered before the students of the Yale University, on the 14th May, 1908
The restoration of national government in Cuba: speech of the Brazilian ambassador, Joaquim Nabuco, at the dinner he offered to the vice-president of the Républic and the members of the Cuban Cabinet
The share of American in civilization: baccalaureate [of the University of Wisconsin] on June 20th, 1909
The spirit of nationality in the history of Brazil: address delivered before the Spanish Club of Yale University, on the 15th May, 1908