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Descrição:
3 de dezembro é uma data importante, nesta data é comemorado o dia internacional de luta da pessoa com deficiência. Não trata-se de data comemorativa e sim um dia previsto no calendário para chamar a atenção da sociedade para quebrar o estigma do preconceito e marginalização da pessoa com deficiência. Em virtude disso, apresentamos esteve breve texto onde trazemos à reflexão os muitos desafios ainda vividos pela pessoa com deficiência em busca de sua inclusão social.
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Descrição:
3 de dezembro é uma data importante, nesta data é comemorado o dia internacional de luta da pessoa com deficiência. Não trata-se de data comemorativa e sim um dia previsto no calendário para chamar a atenção da sociedade para quebrar o estigma do preconceito e marginalização da pessoa com deficiência. Em virtude disso, apresentamos esteve breve texto onde trazemos à reflexão os muitos desafios ainda vividos pela pessoa com deficiência em busca de sua inclusão social.
Não se têm indícios de como os
primeiros grupos de humanos na Terra se comportavam em relação às pessoas com
deficiência. Tudo indica que essas pessoas não sobreviviam ao ambiente hostil
da Terra. Basta lembrar que não havia abrigo satisfatório para dias e noites de
frio intenso e calor insuportável; não havia comida em abundância, era preciso
ir à caça para garantir o alimento diário e, ao mesmo tempo, guardá-lo para o
longo inverno.
As tribos se formaram e com elas
a preocupação em manter a segurança e a saúde dos intees do grupo para a
sobrevivência. Os estudiosos concluem que a sobrevivência de uma pessoa com
deficiência nos grupos primitivos de humanos era impossível porque o ambiente
era muito desfavorável e porque essas pessoas representavam um fardo para o
grupo. Só os mais fortes sobreviviam e era inclusive muito comum que certas
tribos se desfizessem das crianças com deficiência. Platão, no livro A República, e
Aristóteles, no livro A Política, trataram do planejamento das cidades gregas
indicando as pessoas nascidas “disformes” para a eliminação. A eliminação era
por exposição, ou abandono ou, ainda, atiradas do aprisco de uma cadeia de
montanhas chamada Taygetos, na Grécia. As leis romanas da Antiguidade
não eram favoráveis às pessoas que nasciam com deficiência. Aos pais era
permitido matar as crianças que com deformidades físicas, pela prática do
afogamento. Relatos nos dão conta, no entanto, que os pais abandonavam seus
filhos em cestos no Rio Tibre, ou em outros lugares sagrados. Os sobreviventes
eram explorados nas cidades por “esmoladores”, ou passavam a fazer parte de
circos para o entretenimento dos abastados. Portanto, a trajetória das
pessoas com deficiência, é marcada pela exclusão, pois elas não eram
consideradas pertencentes à maioria da sociedade, eram abandonadas, escondidas
ou mortas. Com o passar dos anos, desenvolveu-se um novo conceito de prática da
inclusão social. Hoje quando falamos sobre
inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, ainda vem à ideia de castigo
ou de consequência de algo errado, pois essas informações são atribuídas à
Bíblia por muitas pessoas. Em 1975 foi aprovada a Declaração
dos Direitos das Pessoas Deficientes. Esse documento destaca a dignidade e o
respeito para com os direitos das pessoas com deficiência e o direito ao
tratamento para o seu desenvolvimento. No ano de 1981 é declarado o Ano
Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência, pelas Organizações das Nações
Unidas (ONU). Neste encontro também se discutiu a equiparação de oportunidades
e acessibilidades aos bens e serviços, o qual resultou na aprovação do plano de
ação mundial para a pessoa com deficiência, o Programa de Ação Mundial (PAM),
isso em 1982. Em 1988 a Constituição Brasileira estabelece importantes
garantias e direitos voltados às pessoas com deficiência, com o objetivo de sua
inclusão na sociedade. A partir de então, várias são as
legislações em vigor de garantia e de direitos para as pessoas com deficiência
no arcabouço legislativo brasileiro, como por exemplo a Lei nº 8.213/1991, mais
conhecida como a Lei de Cotas e, mais recentemente a Lei nº 13.146/2015, Lei
Brasileira de Inclusão, mais conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Mesmo com tantas garantias legais
previstas, muitos ainda são os desafios a serem superados para garantir a
inclusão da pessoa com deficiência, sendo o principal deles, o comportamental. A
pessoa com deficiência ainda é vista com discriminação e suas qualidades pouco
percebidas por falta de oportunidade. Quase 24% dos brasileiros (45
milhões de pessoas) possuem algum tipo de deficiência, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Muitas são as medidas afirmativas
propostas nas legislações, porém, acabam se tornando ineficazes pela ausência
de fiscalização de seu cumprimento e sensibilidade daqueles que deveriam
cumprir. Para ilustrar o que descrevemos, apesar
da importância e da obrigatoriedade legal, a inclusão de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho formal ainda é pequena. Apenas 403.255 estão
empregados, o que corresponde a menos de 1% das 45 milhões de pessoas com
deficiência no país, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. O grande desafio de inclusão
educacional é garantir o acesso, permanência e aprendizagem dos alunos que
apresentam especificidades sensoriais, cognitivas, físicas e psíquicas no
sistema regular de ensino, sendo a principal barreira a arquitetônica e
ausência de profissionais educacionais capacitados para o atendimento da pessoa
com deficiência. Tem sido uma prática muito comum
discutirmos e deliberarmos sobre os direitos das pessoas com deficiência, por vezes
focalizando alguns desses direitos e por vezes focalizando todos os direitos de
uma forma geral. Como consequência dessa prática,
decretos, leis e outros instrumentos formais têm surgido com certa frequência e
abundância em todo o Brasil, particularmente nas regiões mais desenvolvidas. Na
mesma extensão e na mesma profundidade, temos gerado políticas públicas em
resposta às necessidades das pessoas com deficiência. Cada política pública foi
formulada grandemente fundamentada em decretos e leis, assim como em
declarações e recomendações de âmbito internacional. E cada política pública
tem refletido os valores e paradigmas vigentes em determinados lugares e
tempos, assim registrando as mudanças de mentalidade que ocorreram ao longo da
história. Quando falamos em inclusão, não
nos referimos exclusivamente às pessoas com deficiência. Estamos falando de
todas as pessoas até então excluídas dos sistemas sociais comuns e que, a
partir de agora, precisam estar incluídas mediante a adaptação da sociedade às
necessidades e peculiaridades específicas de todas as pessoas. Isto nos traz à
presença dos princípios da inclusão social, dentre os quais citamos os
seguintes: Celebração das diferenças, direito de pertencer, valorização da
diversidade humana. Em primeiro lugar, a sociedade
inclusiva é o tipo de sociedade que todos queremos. Muitas sociedades, no
Brasil como em outras partes do mundo, estão tornando-se inclusivas. Em segundo
lugar, pessoas com deficiência que já atingiram o entendimento do que é
inclusão e que possuem um perfil inclusivista estão, sim, preparadas para
exercer o seu papel não só numa sociedade já inclusiva, mas também naquelas que
estão sendo envolvidas no processo de tornarem-se inclusivas.Portanto, a
maioria das pessoas com deficiência necessita ter a oportunidade de praticar a
inclusão a fim de atingirem a sua prontidão para entender e aceitar o novo
paradigma.
Fonte:
- GUGEL, Maria aparecida Gugel. Pessoas com
Deficiência e o Direito ao Trabalho. Florianópolis : Obra Jurídica, 2007.- Constituição Federal do Brasil,
1988.
- http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-08/apenas-1-dos-brasileiros-com-deficiencia-esta-no-mercado-de - OIT.
OIT reconhece desemprego de 80% das pessoas com deficiência nos países em
desenvolvimento. Dissnet Press, Bogotá, n. 701, 12 maio 2003. - ONU. Declaração dos Direitos das Pessoas
Deficientes. 1975. - ONU. Programa Mundial de Ação para as Pessoas com
Deficiência. 1983.
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