Efuturo: Restos

Restos

Perde-me nas alvoradas desta vida
Neste frenesi de um coração ausente
E nesta saudade, incondicionalmente, partida.
Perde-me na amargura de um poeta,
Decaída na frieza das gazelas
Erguidas num só relento de angustias
Interminavelmente, castigantes e incompletas.
Perdidas em palavras inconstantes
Entrego prantos ao tempo...
Levando a lembrança como um fardo
E o presente como refugio momento.
A quem não deveras ter medo
Desta tal frigidez,
Que reluta ao sentimento
Deixa tudo ou tão somente o pouco
Que a mim ainda resta
Como uma flor murcha
Sem cheiro e amarela.