Efuturo: RECLAMA-SE...

RECLAMA-SE...

RECLAMA-SE...

Quantas vezes temos nos visto,
No espelho da vida em reflexo.
Humanamente nos achamos um lixo,
A reclamarmos de problemas diversos.

Reclama-se da vestimenta,
Do alimento ingerido,
Do tempo, se esfria ou se esquenta,
Do calçado, por não ser tão bonito.

Reclama-se da aparência,
Kilos a mais ou a menos,
Do rico porque ostenta,
Do pouco que nós temos.

Reclama-se do trabalho,
Da violência urbana,
Dos governos que são falhos,
Por toda a vida se reclama.

Mas... se olhares no espelho, ao fundo,
Se olhares atentamente,
Verás que neste mundo,
Há tanta gente...

Que não tem com que se vestir,
Nada tem, para comer até,
Das intempéries do tempo, não tem como fugir,
Nem com que cobrir seus pés.

Outros, da dor disformes,
Pobres, doentes, desempregados,
Famintos e semi nus que dormem,
Da sociedade até desprezados.

Aqui deixo meu desabafo:
Não reclama, mas agradece,
Somos iguais, reclamações também faço,
E não é assim que se cresce.

Ladislau Floriano- apenas um poeta.