Sóror Negra
Esvoaças pelas noites sombrias
Em meio as tristes lembranças do forte!
Vais além do que muito mais a via
Passar nos passos impassíveis da morte...
Do farol que brilhou no alto da Fortaleza
Só restou o vestígio de uma mortiça luz
Que nas noites de tempestuosa tristeza
Balanças nos braços por sob o capuz...
Entremeio aos baluartes repica um sino!
Das casamatas um lamento se expande
E reverbera pelo Amazonas em desatino!
Teus gritos, soluços que escuto do além!
Riscam as paredes, (flamejantes!),
E se perdem na existência que não tens...
(Onivan - 05/11/2007)