Efuturo: A NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA

A NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA

No filme “A Chegada”, a personagem Dra. Louise Banks interpretada pela atriz Amy Adams é uma linguística dedicada a Língua Portuguesa. Numa das primeiras cenas, enquanto a atenção dos poucos alunos já está voltada para a chegada dos alienígenas, ela inicia a aula falando das origens da Língua Portuguesa.

Logicamente depois o enredo do filme muda. Logo a Dra. Louise é levada pelo exército americano para tentar decifrar a linguagem dos visitantes. Existem duas possibilidades. É um desses filmes feitos para ninguém entender, ou pode ser entendido por dezenas de maneiras diferentes. Por esse motivo eu recomendo.

Assisti ao filme duas vezes. Na primeira vez, meu interesse estava na ficção, na dupla “Abbott e Costello” e nos problemas emocionais da Dra. Banks. Agora ao assisti-lo novamente, despertou-me o interesse de pesquisar sobre a Língua Portuguesa. Claro, sem a mínima pretensão de me tornar um especialista em linguística.

Confesso que logo de cara ri um pouco. Pareceu que a fala da Dra. Banks sobre as origens da Língua Portuguesa foi retirada da Wikipédia. O português é uma língua romântica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Uma língua derivada do latim vulgar.

Na era das Grandes Navegações, os portugueses trouxeram seu idioma ao Brasil, levando-o também para suas colônias na África. Atualmente o português é a língua oficial de nove países. Existem divergências quanto a sua posição entre as línguas mais faladas no mundo. No ranking está entre a quinta e a sétima.

Dois poetas, um português e outro brasileiro escreveram obras que são sinônimos para a Língua Portuguesa. O português escreveu “Os Lusíadas”. Com seus 10 cantos, 1.102 estrofes e 8.816 versos, deixou o idioma conhecido como a “Língua de Camões”.

Já o soneto de Olavo Bilac “Língua Portuguesa” se inicia com: “Última flor do Lácio, inculta e bela”. Bela não necessita explicação. Inculta refere-se a sua origem do latim vulgar. O espanhol Miguel de Cervantes, outro célebre autor da Literatura Universal achava a Língua Portuguesa doce e agradável. “Dulce y agradable”.

Nos dias atuais falar o português corretamente é tão ou mais difícil do que escrever. A explicação é simples. Os navegadores de internet e os editores de textos possuem seus corretores ortográficos. A maioria dos editores além de colaborar na pontuação, corrige os tempos verbais das frases. Para falar, não existe a opção “corretor de fala”.

É uma ajuda e tanto. Mesmo assim, se Camões e Bilac conhecessem o português “inculto” escrito na internet, nas redes sociais, por ex-presidentes e naturalmente nesta crônica, os dois se levantariam de seus túmulos horrorizados pedindo por um novo enterro rapidamente.