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FERREIRA GULLAR - IMORTAL

FERREIRA GULLAR
A diretoria da ANLPPB-Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro convidou os acadêmicos para um trabalho de pesquisa sobre a biografia e resumo da obra de grandes escritores. Eis um belo exercício da nossa literatura. O nome proposto: Ferreira Gullar. Dei-me esse prazer. Quando se ouve o mestre Gullar falar, como assisti em vários programas de televisão, é impossível não se sentir arrebatado com sua verve eloquente. O aprendiz apreende e aprende.
Ferreira se apresenta na totalidade de seu ser, é chama ardente, espírito sempre irrequieto, alma indomável, seus textos são sementes que germinam aqui, acolá ou mais além.
Em 2011 na Bienal do livro do Rio de Janeiro tive a grata surpresa de encontrá-lo no lançamento de mais um livro de contos. Adquiri o livro e entrei na fila para o autografo. Recebi o autografo e o melhor uma foto histórica (para mim) ele e eu como velhos amigos. Ganhei a noite.
Isto posto, vamos falar do início, quando tudo começou na vida de José Ribamar Ferreira, verdadeiro nome do Mestre, que nasceu no dia 10 de setembro de 1930, na cidade de São Luiz, capital do Maranhão, quarto filho dos onze que teriam seus pais, Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.
Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome".
Ferreira Gullar um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.
Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Muitos o consideram o maior poeta vivo do Brasil e não seria exagero dizer que, durante suas seis décadas de produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira e participou deles.
Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os. Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valorizava a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo. Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs) .

Avançamos um pouco na história, mas Ferreira Gullar é isso, movimento envolvente, mas vamos retornar as origens.
Inicia seus estudos no Jardim Decroli, em 1937, onde permanece por dois anos. Depois, estuda com professoras contratadas pela família e em um colégio particular, do qual acaba fugindo. Em 1941, matriculou-se no Colégio São Luís de Gonzaga, naquela cidade. Aprovado em segundo lugar no exame de admissão do Ateneu Teixeira Mendes, em 1942, não chega a concluir o ano letivo nesse colégio. Ingressa na Escola Técnica de São Luís, em 1943.
Gullar, que tinha o apelido de "Periquito” Apaixonou-se por uma vizinha, Terezinha, decide abrir mão de seus dois grandes amigos, "Esmagado" e "Espírito da Garagem da Bosta", e ficar recluso dentro de casa lendo livros retirados da Biblioteca Municipal, e escrevendo poemas.
Na redação sobre o Dia do Trabalho, onde ironizava o fato de não se trabalhar nesse dia, em 1945, obtém nota 95 e recebe elogios pelo seu texto. Só não obteve a nota máxima em virtude dos erros gramaticais cometidos. Face ao ocorrido, dedica-se ao estudo das normas da língua. Essa redação foi inspiradora do soneto "O trabalho", primeiro poema publicado por Gullar no jornal "O Combate", de São Luís, três anos depois.
Nota-se que mesmo em seu início de caminhada já expunha sua personalidade forte, por vezes, ou melhor, por muitas vezes ácida, contundente.
Assim é que "Por você, por mim", poema sobre a guerra do Vietnã, é publicada em 1968, juntamente com o texto da peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória", escrita em parceria com Dias Gomes e montada nos teatros "Opinião" e "João Caetano", no Rio de Janeiro, com a direção de José Renato. Com a assinatura do Ato Institucional nº 5, é preso, em companhia de Paulo Francis, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Em 1969, lança o ensaio "Vanguarda e subdesenvolvimento".
1970 marca sua entrada na clandestinidade. Passa a dedicar-se à pintura.
Gullar foi militante do partido comunista brasileiro, e em 1971 em plena ditadura foi informado que corria risco de vida se continuasse no Brasil, decidiu então partir para o exílio, e Moscou (Russia) foi seu primeiro abrigo, inclusive chegou a comentar que bacharelou em subversão em Moscou, peregrinou ainda por outros países como Chile (Santiago), Peru (Lima) e Argentina (Buenos Aires). Entretanto mesmo fora do pais colaborava com o jornal semanário “O Pasquim” escrevendo artigos com o pseudônimo de Frederico Marques. Mais tarde ao observar as coisas acontecendo desiludiu-se do socialismo.
Neste período seu pai falece em São Luiz/MA.
Avançamos novamente. Ir e vir, voltemos à década de 40. Ah! Esse Mestre me deixa louco, louco de sensações.
1948 - Gullar colabora no suplemento literário do "Diário de São Luís". E foi ser locutor da Radio Timbiras
1949 - "Um pouco acima do chão", seu primeiro livro, é publicado com o apoio do Centro Cultural Gonçalves Dias e com recursos próprios. Mais tarde ele excluiria essa obra da sua bibliografia.
Em 1950- Gullar estava presente num comício de Adhemar de Barros na praça João Lisboa , em São Luis, presencia a polícia assassinar um operário, que também participava do evento. Nesta época ainda era locutor da Rádio Timbira, que pertencia ao governo estadual, e com a sua personalidade aguerrida Gullar nega-se a ler em seu programa uma nota oficial que apontava comunistas e baderneiros como responsáveis pelo crime. Este fato ocasionou sua demissão da radio, contudo é convidado a participar da campanha política no interior do Maranhão. No mesmo ano, seu poema "O galo" vence um concurso do "Jornal de Letras", cuja comissão julgadora era composta por Manuel Bandeira, Odylo Costa Filho e Willy Lewin. . Começa a escrever poemas que, mais tarde, integrariam seu livro "A luta corporal".
Em 1951 buscando novos ares e desafios muda-se para o Rio, entretanto é acometido de uma doença recorrente naquela época: tuberculose. Seu tratamento durou três meses, e foi realizado na cidade de Correias/RJ, até obter a alta total. Volta à cidade do Rio de Janeiro e por indicação de João Condé, passa a trabalhar na redação da revista do Instituto de Aposentadoria e Pensão do Comercio. Torna-se amigo do crítico de arte Mário Pedrosa e dos jovens pintores da época. Começa a escrever sobre arte. A publicação do seu conto “Osiris come flores” na Revista Japa, rende-lhe mais um emprego como revisor de textos na revista "O Cruzeiro", por indicação de Herberto Sales, que se encantou com o conto publicado.
Em 1954 é lançado o livro de poemas “A luta corporal”, que vinha sendo escrito desde 1950. Seu projeto gráfico inovador rende a Gullar um desentendimento com tipógrafos. Depois de lerem o livro os poetas Augusto e Haroldo Campos e Décio Pignatari, enviam-lhe uma carta manifestando o desejo de conhecê-lo. No final desse ano, vai trabalhar como revisor e depois redator na revista Manchete.
Neste ano casa-se com a atriz Thereza Aragão, com quem teve três filhos Paulo, Luciano e Marcos.
Seu encontro com Augusto de Campos se dá às vésperas do carnaval de 1955, resultando inúmeras discussões sobre a literatura. Trabalha como revisor no "Diário Carioca" e, posteriormente, engaja-se no projeto "Suplemento dominical" do "Jornal do Brasil".
Participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1956. Em janeiro do ano seguinte (1957), o MAM carioca recebe a citada exposição. Gullar discorda da publicação do artigo "Da psicologia da composição à matemática da composição", escrito pelo grupo concretista de São Paulo. Redige resposta intitulada "Poesia concreta: experiência fenomenológica". Os dois textos são publicados lado a lado na mesma edição do "Suplemento Dominical". Com seu artigo, Gullar marca sua ruptura com o movimento.

Em 1958, lança o livro "Poemas. No ano seguinte, escreve o "Manifesto Neo-concreto", publicado no "Suplemento Dominical" e que foi também assinado por, entre outros, Lygia Pape, Franz Waissman, Lygia Clark, Amilcar de Castro e Reynaldo Jardim. Ali também foi publicado "Teoria do não-objeto. Criou o "livro-poema" e o "Poema enterrado", que consistia de uma sala subterrânea, dentro da qual havia um cubo de madeira de cor vermelha, dentro desse um outro, verde, de menor diâmetro, e, finalmente, um último cubo de cor branca que, ao ser erguido, permitia a leitura da palavra "Rejuvenesça". Construído na casa do pai do artista plástico Hélio Oiticica, a "instalação" não pode ser vista pelo público: uma inundação, provocada por fortes chuvas, alagou a sala e destruiu os cubos.

É nomeado, em 1961, com a posse de Jânio Quadros, diretor da Fundação Cultural de Brasília. Elabora o projeto do Museu de Arte Popular e inicia sua construção. Revê sua postura poética, até então muito marcada pelo experimentalismo, e passa a não atuar nos movimentos de vanguarda. Fica no cargo até outubro/61.

Emprega-se, em 1962, como copidesque na filial carioca do jornal "O Estado de São Paulo", para o qual trabalharia por 30 anos. Ao mesmo tempo, ingressa no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC). Publica "João Boa-Morte, cabra marcado para morrer" e "Quem matou Aparecida". Assume, com essas publicações, uma nova atitude literária de engajamento político e social.

No ano seguinte é eleito presidente do CPC. Lança o ensaio "Cultura posta em questão". Em 1964, a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) é invadida e a primeira edição do citado ensaio acaba queimada. No dia 1º de abril de 1964, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro. Ao lado de Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes, Thereza Aragão, Pichin Pla, entre outros, Encerrou a fase formalista (1961) e aderiu à poesia politicamente engajada do movimento Violão de Rua, do Centro Popular de Cultura, o CPC da União Nacional dos Estudantes, a UNE, do qual era presidente quando sobreveio o golpe militar (1964) e em dezembro (1968), após assinado o Ato Institucional nº 5 ele foi preso. Após um longo período vivendo na clandestinidade, parte para o exílio (1971) , primeiro em Moscou e depois em Santiago, Lima e Buenos Aires. Enquanto morava fora do país, colabora para O Pasquim, Opinião e outros jornais usando o pseudônimo de Frederico Marques. Absolvido (1974) pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de pertencer ao Comitê Cultural do Partido Comunista Brasileiro, continua refugiado em Buenos Aires para não ser preso no Brasil. A editora Civilização Brasileira publicou Poema sujo (1976), lançado no Rio ainda sem sua presença.da o "Grupo Opinião".
No ano seguinte voltou ao Brasil, mas foi preso no dia seguinte pelo Departamento de Polícia Política e Social, o famigerado ex-Dops, onde foi interrogado e ameaçado durante 72 horas, mas graças ao esforço de amigos, consegue ser libertado e, aos poucos, retomou seu trabalho no país. Pela primeira vez, um livro seu foi traduzido e publicado em outro idioma: La lucha corporal y otros incendios, em Caracas. Gravou um disco, Antologia poética de Ferreira Gullar pela Som Livre (1979), mesmo ano em que estreou Um rubi no umbigo, primeira peça que escreveu individualmente, começou a trabalhar no núcleo de teledramaturgia da Rede Globo e ganha o prêmio Personalidade Literária do Ano, da Câmara Brasileira do Livro. Foi nomeado (1992) pelo presidente Itamar Franco diretor do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura, o Ibac, e permaneceu no cargo por mais de três anos (1992-1995), período suficiente para devolver à instituição seu antigo nome, Funarte. Ganhou muitos prêmios literários e foi eleito o Homem de Idéias do ano pelo Jornal do Brasil (2004).
Seu livro "Na vertigem do dia" é publicado em 1980 e "Toda poesia", reunião de sua obra poética, comemora seus 50 anos de vida. Estréia a versão teatral do "Poema sujo", com a interpretação de Esther Góes e Rubens Corrêa, sob a direção de Hugo Xavier, na Sala Sidney Miller, no Rio de Janeiro.
Lança o livro "Sobre arte", coletânea de artigos publicados na revista "Módulo", entre 1975 e 1980.
A Rede Globo exibe o seu especial "Insensato coração", em 1983.
Em 1984, recebe o título de "Cidadão Fluminense" na Assembléia Legislativa do Rio. Profere a conferência "Educação criadora e o desafio da transformação sócio-cultural" na abertura do 25º Congresso Mundial de Educação pela Arte, realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Com a tradução de "Cyrano de Bergerac", de Edmond Rostand, publicada em 1985, é agraciado como prêmio Molière, até então inédito para a categoria tradutor.
Em 1987 lança "Barulhos". Dois anos depois, publica ensaios sobre cultura brasileira e a questão da vanguarda em países desenvolvidos, no livro "Indagações de hoje".

"A estranha vida banal", uma coletânea de 47 crônicas escritas para "O Pasquim" e "Jornal do Brasil", são publicadas em 1990. Colabora com Dias Gomes na novela "Araponga". Morre, no Rio, seu filho mais novo, Marcos.
Nomeado diretor do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura (IBAC), em 1992, lá permanece até 1995. A Rede Globo exibe a minissérie "As noivas de Copacabana", escrita em parceria com Dias Gomes e Marcílio Moraes.
Lança, em 1993, "Argumentação contra a morte da arte", que provoca polêmica entre artistas plásticos.
Morre, no Rio, sua mulher Thereza Aragão, em 1994. Seu livro "Luta corporal" ganha edição comemorativa a seus 40 anos de publicação. No Centro Cultural Banco do Brasil - Rio, ocorre um evento sobre o trabalho do poeta.
Em 1997, lança "Cidades inventadas", coletânea de contos escritos ao longo de 40 anos. Passa a viver com a poeta Cláudia Ahimsa.
No ano seguinte publica "Rabo de foguete - Os anos de exílio". É homenageado no 29º Festival Internacional de Poesia de Rotterdã.
Lança, em 1999, o livro "Muitas vozes" e é agraciado com o Prêmio Jabuti, categoria poesia. Recebe, também, o Prêmio Alphonsus de Guimarães, da Biblioteca Nacional.
"Ferreira Gullar 70 anos" foi o nome dado à exposição aberta em setembro de 2000, no Museu de Arte Moderna do Rio, para marcar o aniversário do poeta. Ocorre o lançamento da nona edição de "Toda poesia", reunião atualizada de todos os poemas de Gullar. O poeta recebe o prêmio Multicultural 2000, do jornal "O Estado de São Paulo". No final do ano, lança "Um gato chamado Gatinho ", 17 poemas sobre seu felino escritos para crianças.
É publicado na coleção Perfis do Rio “Ferreira Gullar - Entre o espanto e o poema”, de George Moura em 2001. São reunidas crônicas escritas para o “Jornal do Brasil” nos anos 60 no livro “O menino e o arco-íris”. Lança uma coleção infanto-juvenil “O rei que mora no mar”, poemas dos anos 60 deGullar.
Em 2002, é indicado ao Prêmio Nobel de Literatura por nove professores titulares de universidades de Brasil, Portugal e Estados Unidos. São relançados num só livro, os ensaios dos anos 60: “Cultura posta em questão” e “Vanguarda e subdesenvolvimento”. Em dezembro o poeta recebe o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, dado a artistas, escritores e instituições culturais de fora da Europa que tenham contribuído para mudar a sociedade, a arte ou a visão cultural de seu país.
Lança “Relâmpagos”, reunindo 49 textos curtos sobre artes, abordando obras de Michelangelo, Renoir, Picasso, Calder, Iberê Camargo e muitos outros.
A edição 2010 do Prêmio Luís de Camões ficou com o brasileiro Ferreira Gullar. O mais importante prêmio literário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, criado em conjunto pelos governos do Brasil e de Portugal, renderá ao escritor 100 mil euros. Já foram agraciados, entre outros, João Ubaldo Ribeiro, João Cabral de Melo Neto, Arménio Vieira, Rubem Fonseca, Miguel Torga, Antonio Candido, Lygia Fagundes Telles, Lobo Antunes. O premiado poeta completa 80 anos em 10 de setembro, quando lançará pela Ed. José Olympio "Em alguma parte alguma", seu primeiro livro de poemas em mais de uma década. Poeta consagrado, o maranhense é também ensaísta, tradutor, dramaturgo e crítico de arte — além de assíduo palestrante sempre acompanhado por platéias numerosas. Entre suas obras mais importantes estão "Poema sujo" (1976", "Argumentação contra a morte da arte" (1993) e "Muitas vozes" (1999).
Em 09 de outubro 2014 Em 2014 Ferreira Gullar é eleito para a Academia Brasileira de Letras. O Poeta ocupará a cadeira 37 que era de Ivan Junqueira. Cadeira 37 já foi de Getúlio Vargas, Chateaubriand e João Cabral de Melo.
O poeta maranhense Ferreira Gullar, de 84 anos, foi eleito na tarde de 09 de outubro/14, em primeiro escrutínio, membro da Academia Brasileira de Letras, em votação no Petit Trianon, no Centro do Rio. O mais novo "imortal" vai ocupar a Cadeira 37, que pertencia ao poeta e tradutor Ivan Junqueira, morto em julho deste ano. "Estou muito feliz. Mais ou menos eu já esperava pelo que os acadêmicos me disseram. Desde que soube, já estava muito feliz. Mas na hora que acontece é diferente. Vira realidade mesmo, deixa de ser promessa", disse Ferreira Gullar pouco depois da escolha, em festa no apartamento do também imortal Antonio Carlos Secchin em Copacabana.
Gullar disse que foi convencido por amigos a se candidatar. "Vários acadêmicos amigos meus me ligavam pra dizer que eu tinha que entrar, para me convencer. O fato de substituir o Junqueira, que é meu grande amigo, pesou muito. Foi uma coisa muito comovente, eu não sabia que ele estava doente", declarou.
Gullar recebeu 36 dos 37 votos (um foi em branco) e superou, em apenas 15 minutos de votação, terminada às 16h15, os candidatos Ademir Barbosa Júnior, José Roberto Guedes de Oliveira e José William Vavruk. Os ocupantes anteriores da cadeira foram: Silva Ramos, fundador - que escolheu como patrono o poeta Tomás Antônio Gonzaga -, Alcântara Machado, Getúlio Vargas (1883-1954), Assis Chateaubriand (1892-1968) e João Cabral de Melo Neto (1920-1999). ”. Assumirá a cadeira no fim de novembro ou início de dezembro/14.
Um pouco da vida deste grande mestre na arte de dizer poesia, agora imortal da ABL..

Ferreira Gullar nos deixou em 04 de dezembro de 2016 aos 86 anos no Rio de Janeiro, vítima de uma pneumonia.

 
   
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