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A sorte favorece os audazes

Eu estou muito chato, você está muito chato, o mundo está muito chato. Eu te chateio, você me chateia, nós nos chateamos. Por que nos chateamos tanto? Por que todos maçantemente se chateiam? Um cara enumera os motivos principais que nos fazem agir na vida: a emoção do amor, a emoção do sexo, o desejo do lucro financeiro, o desejo da autoconservação, o desejo de liberdade do corpo e do espírito, o desejo de
autoexpressão que conduz à fama e à consagração, o desejo de vida após a morte, a emoção da inveja e do ciúme, a emoção do medo. E o que você está fazendo aí parado? Não sei por que entra aqui. Não sei o que procura. Não sei o que te deixa bem chateado por não encontrar. Aqui não tem sexo, nem amor, nem lucro financeiro, etc., etc. ‘Tudo em excesso’ é o mote da vida de hoje. O Moderno Templo de Delfos traz essa inscrição no alto da porta. E acompanha a outra: ‘Desconhece-te a ti mesmo’. O excesso de tudo leva à chateação mais rapidamente. ‘O bom da água encontrada e do pão por esforço’ é frase morta.
Sumiram as diferenças. Os tons na salada de cores da nossa vida ficaram tão difíceis de distinguir que logo enjoamos da mesmice. Recebemos, mesmo sob a rígida guarda dos nossos preconceitos e pré-conceitos, da falta de vontade e dos controles morais, recebemos enxurradas de informações escritas, faladas, visualizadas. Nosso crivo, nossos filtros e nossas bases de conhecimentos não suportam tudo. Perdemos a noção de qualidade, de validade, de carga energética. Misturamos ciência com superstições com facilidade incrível. Carregamos patuás e correntinhas da sorte quando vamos para a aula de filosofia ou química. Acreditamos em magia negra e na fissão nuclear. Somos tão frágeis como um cidadão da Idade Média que nunca tinha ouvido falar nas órbitas dos planetas. Queimamos incenso lendo Freud e nos aconselhamos com a sortista e com o cientista. E acreditamos nas lendas e histórias de duendes que o cinema mostra. Corremos para a Semana do Descarrego ou para o dia do Óleo Consagrado e para a reunião com o big boss da empresa X.

Audentis fortuna juvat. E aí, ó, audaz pacato cidadão, por que nos chateamos?
Vá pentear macaco! Vou peidar na água pra fazer bolinha! Vamos chupar prego até virar tachinha!

Rui Werneck de Capistrano, Escrevendo adoidado pra não endoidar, Clube de Autores.

 
   
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