Passamos muitas coisas juntos, as mudanças de lugares, lembra daquele assalto, você ficou que nem uma estátua embaixo do balcão, olhos arregalados, quando lembro disso ainda acho graça. Foram quase quatorze anos de convivência, mas prefiro chamar de amizade, uma amizade mútua de confiança e companheirismo que vão ficar guardados dentro de mim.
A única coisa que me arrependo foi não ter tido coragem de acabar com seu sofrimento, mas eu via que você lutava para viver, e por isso eu te pedi desculpas naquele domingo, mas talvez se eu não deixasse a morte chegar por vontade própria eu não teria a chance de escutar o seu miado de despedida que veio do além, um miado de despedida e de dor que ficará guardado para sempre em meu coração, descanse em paz meu amigo.



Alexandre Brussolo (28/11/2005)


(ao meu grande companheiro o meu gatinho Johny)