Efuturo: A DOR DO POETA

A DOR DO POETA

Rio, 22/10/2012.

Eu sou como pássaro calado
Em um galho seco de roseira morta.
Sou como, sem sentido, verso falado
De uma poesia reles e torta.

Sou como soneto incompleto,
Sou como palavras escritas e soltas
Que soam em vozes feias e roucas
Em um teatro velho e sem teto.

Sou como palhaço sem graça
De um circo que em fogo arde.
Sou como puro vinho sem taça...

Sou um poeta sem alegria,
Sofrendo em uma linda tarde,
Por lhe faltar versos e poesia...

SEDNAN MOURA