Efuturo: PERPLEXIDADE

PERPLEXIDADE

Em cada novo templo, profecias
que se perdem, inúteis, no vazio
de espíritos perplexos - que não voam,
nem conhecem a música da vida ...

Talvez Cristo chegasse, num relance,
como luz, como um vento de dezembro,
e ninguém percebesse que a Verdade
está viva - e persiste no que é puro.

E nesse turbilhão, o desespero
de tudo cega tantos corações
que entorpece até mesmo os mais sensíveis.

E na dor, disfarçada em força, vivem
presos os que não sabem o Caminho
- espíritos perplexos, que não voam.


(Direitos reservados ao autor. Parte da coletânea "Alguns sonetos que fiz por aí ...", disponível em e-book em www.williammendonca.com)