Efuturo: DO MISTÉRIO

DO MISTÉRIO

Serenadas as luas indistintas,
verde noturno e brisas circulares,
da plácida amurada vejo o mundo
e só então, pasmo, sei que o compreendo.

Assimilo seus tempos de incerteza,
a irregularidade dos plantios
e colheitas, correntes que conduzem
oceanos e neblinas pela vida.

Talvez esteja, enfim, se desvendando
o mistério que assombra os viajantes,
as vozes, as marés, os calendários.

Ou, talvez, seja apenas o que quero,
a vida sem conflitos que eu sonhava
- e essa ilusão me tome por inteiro.


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