Efuturo: Marco da Solidão

Marco da Solidão

Estuário de dor,
na aflitiva solitude,
vontades em estupor,
recrudescendo a quietude.

Seu ilhar lhe mortificando,
no desprazer do isolamento,
a tristeza vai referendando,
o angustiar em deferimento.

O sentir da solidão,
produzindo abandono,
desvitaliza com depressão,
faz o pulsar ser transtorno.

Soledade machucando,
despojando alegrias,
traz carência soluçando,
destronando estesias.

Você tão sozinho,
auferindo o suportar,
segregado e sem carinhos,
verte lágrimas para suplantar.

Mesmo em companhia,
incidirá a solidão,
contraste que principia,
o salientar do coração.

Solitário como opção,
merecendo o respeitar,
é o viver de reclusão,
exigindo seu reencontrar.