Efuturo: O CAPITALISMO QUE TANTO NOS ANGUSTIA

O CAPITALISMO QUE TANTO NOS ANGUSTIA

Distante de mim. Muito além do que imagino. Minha alma voa. Meu sentimento me incomoda. Eu penso que aconteceu e reflito sobre o que pode acontecer. Hipocritamente digo que estou bem, não estou. Sou um pedaço de incerteza buscando afirmar-se no tempo e no espaço das palavras acadêmicas criadas pelos intelectuais. Sou popular, já me defini. Preciso compor meus fatos porque a angústia é onipresente em qualquer circunstância humana. Eu bebo a água que filtro. Pressa tenho em parar o mundo e criar novas situações, novo conhecer de mundo no mundo de tanta incoerência. Sou parte dos incoerentes e antecedo a trégua das palavras pronunciadas e sinalizadas pelo dono do poder. A academia tem suas regras e seus estilos que não combinam em nada comigo. Sofro por não saber sofrer. Vivo assim alegre por não saber o inverso da moeda que me ensinaram. Não quero e nem tampouco desejo impor limites e sonhos aos que nunca souberam do significado da palavra "espera". Espero porque através da espera o homem cresce e deste crescimento transversal entre a medida certa e a incontextualização dos fatos, sou apenas eu, simplesmente, não como Augusto escreveu, mas sim, sou a espera que antecede os fatos e aspira o título daqueles que fizeram por/não merecer a sua elevação espiritual e social, com bases estreitas com o capitalismo que tanto nos angustia nesta caminhada.

BENTO JÚNIOR
João Pessoa-PB, 02 de junho de 2018.